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O porquê de  que nunca veremos mechas tomarem o lugar dos tanques nos campos de batalha.

 

Primeiro, vamos entender quais são as diferenças e similaridades entre um tanque convencional nos dias de hoje, como o M1 Abrams, e um mecha pseudo-realista, como um desses de Front Mission, além de conhecer o seu papel no campo de batalha.

Tanques oferecem suporte para a infantaria, servindo de ponta-de-lança para as forças secundárias e menos capaz de se proteger em combate. Bem armados e protegidos, tanques possuem poder de fogo para destruir fortificações improvisadas e interromper ataques de RPGs (sem trocadilho) e blindados menores. Para um mecha conseguir tomar o lugar de um tanque, ele precisaria ter poder de fogo, blindagem adequada e mobilidade regular.

Mechas possuem duas pernas. Isso implica em seis coisas:

  1. Negativo. Basta uma perna ser destruída por um ataque de RPG ou explosivo improvisado para que o mecha seja inutilizado. Vale lembrar que uma perna robótica inteira vale MAIS, monetariamente falando, que uma esteira de tanque, e que, para o inimigo, o valor tático é o mesmo.
  2. Negativo. A pressão exercida pelos pés no solo é muito maior que pela esteira, já que a área da sola do pé é menor. Isto se torna um problema para atravessar lamaçais e outros terrenos difíceis, hipótese que deve ser levada em conta durante uma guerra.
  3. Negativo. Um mecha é mais instável. Bastaria um cabo de aço fixamente preso no meio do caminho para que ele se desequilibrasse e caísse, se tornando alvos de ataques e perdendo um precioso tempo para se defender, isto é, se ele for capaz de se levantar!
  4. Negativo. A velocidade de locomoção de um mecha, mesmo em uma estrada, seria inferior ao deslocamento de um tanque. Uma saída, ao menos para terrenos regulares, seria instalar “rodas” nos pés e ativar um motor, como num carro.
  5. Negativo. Por ter pernas assim como um soldado, o mecha acaba tendo uma área vertical muito maior que um tanque. É basicamente o mesmo princípio para um soldado ficar deitado quando está num tiroteio: Isso reduz as chances de ser acertado. Sim, eu sei que ele pode se abaixar, mas quando um tanque e um mecha são pegos de surpresa, um deles já está na posição ideal, e não é o mecha…
  6. Positivo. Finalmente, algo bom para o mecha. O deslocamento em duas pernas permitiria que ele pudesse andar sobre terreno acidentado e inclinado com uma maior facilidade  que um tanque.

 

Possuir dois braços é uma característica dos mechas, o que implica em:

  1. Positivo. Possuir braços com manipuladores abre caminho para o “equipamento de mecha”, isto é, armas de tamanho apropriado para um soldado de aço. Com isso, é possível trocar de arma com outro mecha caído, assim como um soldado faz.
  2. Negativo. O problema é que basta um explosivo detonar no local certo para render um braço inútil, então as armas deveriam ser instaladas no tronco, que é mais resistente, nos fazendo questionar então sobre a real utilidade de braços mecanizados.
  3. Positivo. Manipuladores e braços permitem a um mecha sozinho realizar tarefas que poderiam precisar de vários soldados ou outro veículos, como remoção de detritos.

 

Quanto à tripulação, um mecha que queira não ser inadequadamente grande deve possuir, no máximo, dois tripulantes. Tanques geralmente possuem três: O piloto, o gunner e o comandante. Outro problema é como manter o senso de direção do piloto, já que é muito fácil ser atordoado por uma explosão e cair. Ghost in the Shell, salvo engano, mostra que os pilotos devem conectar um cabo ao cérebro para adquirir o senso de equilíbrio do mecha como um todo.

No final das contas, um mecha seria muito provavelmente mais caro que um tanque, cumpriria o mesmo papel, embora de maneira pior, e seria destruído por um A-10 da mesma maneira que tanques são hoje em dia.

6 Comments

  1. vc tem de ver primeiro q mechas podem ter pernas ou naum, ele pode ser adaptado pra qualquer situacao. Se vc tivesse jogado Front mission direito entendia que no caso das pernas e bracos vc poderia modifica-los a maneira do terreno que vc quer usa-lo se for no deserto usa flutuante. WE tem um fator bem mais legal no mecha q os taqnques naum tem q eh o fator medo. imagina um pelotao escutando os passo ou a zoada de um mecha e derepente ve-o surgir no horizonte. causaria um panico imenso. Isso um tanque so faz de perto e olhe la.

  2. “Se vc tivesse jogado Front mission direito entendia que no caso das pernas e bracos vc poderia modifica-los a maneira do terreno que vc quer usa-lo se for no deserto usa flutuante.”
    1 – Não termos tecnologia para hover. Sobram pernas e esteiras como opções viáveis, e “trocar” no front é algo geralmente inviável, porque haverá veículos a serem reparados.
    2 – Tanto tanque como um mecha são praticamente impossíveis para a infantaria regular dar cabo. Mas basta uma aeronave (ou outro tanque) para dar um fim bem rápido.

  3. eu adoro tecnologia eu gosto mais dos robos de gerra eu gostei da quele robo tanque

  4. Primeiramente parabéns pelo artigo !!!!
    muito bom mesmo !

    Bom estava aqui pensando e, naturalmente, ignorando um monte de detalhes, custo e etc. Imagino que se eles podessem voar ou ter alguma propulsão, lhes confereriam mais velocidade e poderiam agir como um ibrido de Helicóptero/Tanque e assim, podendo ser mais versáteis e aumentar seu valor estratégico.

    • Se eles pudessem voar, muitas outras coisas poderiam ser feitas também no campo de batalha. Existem vários tipos de vôo, como o de helicópteros (que podem pairar) ou de aviões convencionais.
      O problema é que isso não é possível com a tecnologia atual, e mesmo que fosse, ser um híbrido é significa ser menos capaz que algo especializado. O custo seria enorme e ainda assim estariam vulneráveis à armas como rojões anti-tanque guiados.
      Infelizmente esse tipo só vai existir em Macross.

  5. Estava lendo teu post e me deparei com a parte dos cabos, mesmo o assunto não sendo totalmente este. Muito bom! Wilson


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  1. By Link (série-1) « Loucos por Cultura Pop on 16 jul 2010 at 1:52 pm

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